Nos últimos meses, a solidez de um banco que captava fortemente em plataformas de varejo começou a ser questionada. Essa situação chamou atenção para o comportamento de muitos investidores que, sem conhecer a fundo a instituição, alocaram recursos nela contando com a garantia do FGC. Isso nos leva a uma reflexão: até onde o FGC é suficiente para proteger o investidor?
O que é o FGC e como ele funciona?
O Fundo Garantidor de Créditos (FGC), criado em 1995, protege investidores em casos de liquidação ou falência de instituições financeiras. Ele funciona como uma rede de segurança para o sistema bancário, garantindo valores investidos ou aplicados.
As instituições financeiras que captam recursos públicos – como bancos comerciais, múltiplos e cooperativas de crédito – contribuem para o FGC. Ele cobre até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ por instituição. Isso inclui produtos como CDBs, LCIs, LCAs e poupança.
O FGC já foi acionado antes?
Sim, e várias vezes. Nos últimos 10 anos, tivemos alguns casos emblemáticos em que o FGC precisou entrar em ação para proteger investidores. Por exemplo, em 2023, após a liquidação de duas instituições financeiras, 55 mil brasileiros acionaram o fundo. O processo de restituição varia em tempo, mas normalmente demora alguns meses. Embora eficiente, a experiência pode ser desgastante para quem não está preparado para lidar com a burocracia.
Mudanças no FGC
Originalmente, o FGC cobria até R$ 250 mil por instituição, sem limite total por CPF ou CNPJ. Isso significava que um investidor com R$ 10 milhões, distribuídos em 40 instituições diferentes, estaria completamente protegido. Se todas elas quebrassem, ele receberia seus R$ 10 milhões de volta. Em 2017, essa regra mudou. Foi introduzido um limite global de R$ 1 milhão por CPF ou CNPJ, válido a cada período de 4 anos. Ou seja, se aquelas mesmas 40 instituições quebrassem, o investidor agora receberia, no máximo, R$ 1 milhão. Essa mudança foi feita para proteger o sistema financeiro de riscos excessivos, sem prejudicar os pequenos investidores.
Confiar ou não confiar?
O FGC é crucial para a estabilidade financeira do Brasil. No entanto, ele deve ser visto como um seguro de vida: essencial, mas o ideal é não depender dele. Diversificar e conhecer bem as instituições são práticas indispensáveis para um investimento seguro.
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